Para o ciclista interessado no alto desempenho, segurança, conforto e prevenção de lesão, um adequado bike fit faz-se necessário. O adequado ajuste proporcionará eficiência, potência, conforto e deixará os ciclistas livre de lesões. Para tanto é necessário que se conheça os componentes na bicicleta bem como as fases que compõem o ciclo da pedalada.
O ciclo da pedalada é dividido em duas fases, a propulsiva (de 0º a 180º) e a recuperativa (de 180º a 360º), considerando o sentido horário, e 0º no ponto mais alto do ciclo da pedalada.
O bike fit também é útil à pessoa que irá iniciar a prática do ciclismo, pois neste caso as dimensões apropriadas do quadro e componentes da bicicleta serão repassados ao usuário, a partir de suas características anatômicas. A presença de um ortopedista e de um fisioterapeuta é indispensável quando o ciclista apresenta dor em qualquer que seja a estrutura musculoesquelética ou que deseja prevenir futuras lesões provocadas pelo esporte em questão. O ajuste do equipamento em caso de lesão já instalada é fundamental e indispensável, tão indispensável quanto procurar atendimento de um ortopedista para diagnosticar a disfunção adquirida, para então, encaminhar o atleta ao tratamento e reabilitação o quanto antes sob os cuidados do fisioterapeuta. Deixar de procurar tratamento pode fazer com que a lesão torne-se crônica, retardando, conseqüentemente, a reabilitação do atleta.
Um dos efeitos relacionados em se desviar a altura do selim de seu posicionamento ótimo, além da possibilidade de levar à lesão, é que mais oxigênio passa a ser consumido pelo ciclista e mais trabalho é exigido, o que significa uma perda de eficiência. Se uma determinada altura do selim obriga o joelho a se estender completamente quando o pedal estiver na posição de Ponto Morto Inferior (PMI) – isto é, posição mais baixa do pedal em relação ao ciclo da pedalada –não só os flexores do joelho (ísquios-tibiais e gastrocnêmio) deixam de funcionar em sua plena competência, mas também um bloqueio da articulação do joelho poderia ocorrer.
No ciclismo os valores de algumas medidas antropométricas são necessários para se calcular a dimensão ideal da bicicleta. São elas: tronco, braço, antebraço, ombro, coxa, perna, cavalo e pé. Torna-se útil também conhecer a arquitetura geométrica da bicicleta (Figura).
As partes queganham destaque nesta apresentação são: top tube (tubo horizontal), o seat tube (tubo para encaixe do canote) e o head tube (tubo da caixa de direção). Em casos em que o top tube apresenta-se inclinado, o comprimento deve ser mensurado tomando uma linha horizontal imaginária que vai desde sua origem no head tube até o canote. O grau de inclinação do top tube, denominado de slope, varia de um fabricante para o outro assim como o modo de medir o comprimento do seat tube.
Para alguns o seat tube é mensurado partindo-se do centro do pé-de-vela até o centro do top tube, método denominado de centro-a-centro (c-c), enquanto outros vão do centro do pé-de-vela até o topo do seat tube, conhecido por centro-ao-topo (c-t).
A proposta de bike fit inicia-se realizando a escolha/verificação do tamanho ideal do quadro da bicicleta. O método para se determinar o tamanho dos quadros de speed e mountain bike obedecem à regras matemáticas diferentes. O mesmo ocorre com a escolha do top tube ideal e ângulo do seat tube. As bicicletas de triathlon apresentam medidas diferentes das de speed quanto ao tamanho do top tube e ângulo do seat tube. Para melhora do desempenho e prevenção de lesões é fundamental que o selim seja ajustado corretamente.
Determinar a melhor altura do selim é uma questão de encontrar um equilíbrio entre eficácia (potência de saída/ força fornecida) e eficiência (força fornecida / energia utilizada), do movimento do ciclismo. Várias são as fórmulas elaboradas para se determinar esta altura e o principal objetivo é oferecer a posição de maior produção de força, mínimo gasto aeróbico, sem levar os membros inferiores ao estresse.
Um comentário:
isso faz a diferença. muita diferença. vale o investimento.
Postar um comentário