Elas vão à padaria, ao trabalho, à faculdade e até mesmo à balada de bicicleta. São as Pedalinas, um grupo de meninas que usa a bike como meio de transporte.
Todo primeiro sábado do mês elas se reúnem na praça do Ciclista, onde a Paulista encontra a Consolação, para falar sobre o que só as mulheres que enfrentam o trânsito de bicicleta entendem. E para pedalar, claro.
Editoria de Arte/Folhapress |
Como se impor no trânsito (território que consideram machista)? Como chegar ao trabalho arrumada? Decidiram fundar um grupo só de meninas para trocar ideias e ajudar as iniciantes a perderem o medo do trânsito.
Camila de Oliveira, 28, analista financeira, pedala ao menos 12 km todos os dias. Ela sai de casa e percorre 6 km até a estação de trem. Embarca com sua bicicleta dobrável e desce na estação Berrini. De lá faz um trajeto curto até o trabalho. Tudo isso de terninho ou saia.
"Você percebe que, na prática, não precisa se vestir com roupa especial." Mas muita gente se espanta, conta Camila, que pedala há dois anos e meio. Ela se juntou às Pedalinas em fevereiro, com o grupo já formado.
FÔLEGO
O visual e a preparação física, segundo as Pedalinas, são as questões que mais suscitam dúvidas entre as iniciantes. Que roupa usar? Como não chegar toda desarrumada e suada? Será que tenho fôlego suficiente?
Talita Noguche, 24, que mora na Aclimação, trabalha em Pinheiros, estuda na USP e faz todo esse trajeto em sua bicicleta. Para ela, as meninas devem usar "o que quiserem, a roupa de sempre". "Com o tempo, o exercício deixa de ser aeróbico, o corpo acostuma e não sua tanto."
Aline Cavalcante, 24, uma das fundadoras do grupo, diz que vê mais mulheres na rua hoje e acha que estão perdendo o medo.
Pela lei, as bicicletas, além de fazer parte do trânsito, têm a preferência.
Fonte:
VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
VANESSA CORREA
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