Texto by Nilson Paulo de Lima [nilsonplima@netsite.com.br]
Se ainda persiste o mistério quanto a nacionalidade de Gardel, não há nenhuma dúvida que Buenos Aires é o reduto dos brasileiros. As belezas da mais européia cidade sul americana atrai uma legião de turistas do Brasil no país vizinho. A valorização do Real perante o Peso Argentino e o baixo custo de vida na cidade portenha, é também um relevante atrativo para os brasileiros.
Para não ficar só no turismo no domingo passado, 11 de outubro nós maratonistas invadimos literalmente a capital argentina. Com largada e chegada, no belo estádio do River Plate, palco de duelos entre equipes brasileiras e argentinas, aconteceu a Maratona Internacional de Buenos Aires. Aliás, no esporte os argentinos vivem entre o céu e o inferno. Por um lado idolatram o tenista Del Porto, que recentemente venceu o número 1 do tênis Federer e conquistou o US Open tornando-se herói nacional. Já no futebol amargam a péssima campanha da Seleção do Maradona e corre o risco de não se classificarem para a Copa do Mundo. Se o Dunga está rindo mais que o Maradona, e temos orgulho de sediar a Copa do Mundo e a Olimpíada, sentimos muita saudade do Guga.
Falando da prova, esta foi a melhor das 9 maratonas que participei este ano. A temperatura agradável, o percurso plano e a ausência da prometida chuva, ajudaram os 12 mil corredores presentes na Meia e na maratona. As exibições de danças de tango durante o percurso deram um charme especial na prova. Os belos parques da cidade, Recoleta, Palermo, o elegante Porto Madeiro e o oponente Obelisco cravado na Avenida 9 de Julho, foram alguns dos nossos pontos de passagem.
Os MM estavam presentes e para nossa surpresa reforçados com a presença do Jeff, o MM Cowboy americano que esteve no Rio, e gira o mundo fazendo o que mais gosta. Assim como o Jeff nos espelhamos no Karnazes, que disse: “Corro porque a corrida me leva aonde eu quero ir”.
Parabéns ao Alberto,(que chega 1º e some, acho que continua correndo até o hotel), ao João Gabbardo(pela ótima performance com tantas maratonas no ano), ao Amorim(sempre num bom ritmo constante e que chegou junto com o Jeff, acho que de mãos dadas), ao André (o triatleta que é bom na natação, bike, e UFA também na corrida) e a Sabine (por mais uma conquista e o incentivo que sempre transmite aos MM), depois do Gabbardo, nesta ordem concluímos a prova. Os meus 3h38 para a série de maratonas realizadas este ano e duas noites sem dormir na cansativa viagem, Uberlândia, Assunção e Buenos Aires, me deixou feliz por mais esta etapa.
Próximos desafios Búzios, Curitiba e a partir de 28/11, junto com os amigos Rogério, Ésio, Hideaki, Gabbardo e Sabine uma série de 15 maratonas consecutivas na Costa Oeste Americana.
Parabéns a todos! Juntos construímos história e ganhamos mais vida.
Minha única observação é que REALMENTE não se deve comer nada de diferente durante a prova, principalmente, se for passas ou ameixas secas... Tive um desarranjo intestinal causado por essas frutinhas secas que quase me tiraram da prova... Mas, conseguir fazer abaixo de 3:30 (3:27 - 3:28) e quase bater meu recorde pessoal...
Nenhum comentário:
Postar um comentário